Nessa terça-feira, dia 14 de junho, os servidores de Itapoá aprovaram a proposta da Prefeitura e decidiram pelo encerramento da greve. De acordo com o Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de ville e Região), trata-se do desfecho de um movimento histórico, que reuniu servidores de todas as áreas na luta contra a retirada de um projeto de lei que previa o reajuste baseado na inflação. Além disso, segundo divulgado pelo Sindicato, havia a sinalização de um corte de 10% das gratificações de todos os trabalhadores e o aumento de jornada de trabalho no PA (Pronto Atendimento).

Foram nove dias de greve, nos quais foram organizados atos, comandos de greve, participações em sessões da Câmara de Vereadores e abaixo-assinado junto à comunidade.

Na manhã dessa segunda-feira, dia 13 de junho, o prefeito Sérgio Aguiar (PMDB) aceitou negociar, mas sua proposta não foi aceita pela categoria. Na terça, dia 14 de junho, houve uma nova reunião dos servidores em frente à Prefeitura, na qual foi apresentada uma contraproposta ao Prefeito. Após uma mesa de negociação, uma nova proposta da Prefeitura foi levada à categoria, que a aprovou e deu fim à greve.

Logo em seguida, os servidores se dirigiram até a Câmara de Vereadores, para onde o projeto de lei foi enviado em regime de urgência a fim de que fosse votado no mesmo dia. Às 14h15min, os vereadores deram início a uma sessão extraordinária, que aprovou o projeto por unanimidade.

Os reajustes negociados e aprovados ficaram assim:

julho: 4,59% mais índice de junho;
agosto: o índice oficial de julho;
setembro: o índice oficial de agosto;
outubro: o índice oficial de setembro;
novembro: o índice oficial de outubro;
dezembro: o índice oficial de novembro.

“O acordo também garante a manutenção da gratificação de todos os servidores, o abono dos dias paralisados, incluindo a manhã de 31 de maio e a retirada da ação do Governo contra o Sindicato. Quanto à ameaça de cortes ou aumento de jornada no PA, foi marcada uma reunião para o dia 22 de junho, às 8h00min, na Prefeitura. Para essa audiência, será formada uma comissão composta por servidores, Governo e sindicato, a qual caberá analisar as questões da unidade e garantir a jornada atual”, explica nota do Sinsej

Mara Lúcia Tavares, presidente do Sindicato, considera este, um momento histórico. “Os servidores mostraram a força que possuem e que não estão dispostos a retroceder nos seus direitos. Com certeza, tivemos uma vitória e a nossa categoria está de parabéns pela solidariedade, persistência e consciência política com que construiu na greve”, disse ela.