De acordo com matéria publicada no jornal Diário Catarinense, a recente valorização do dólar fez com que quatro dos cinco portos de Santa Catarina registrassem queda na movimentação durante os primeiros cinco meses deste ano (2015) quando em comparação com o mesmo período do ano ado (2014). Os portos que registraram queda foram os de Imbituba, Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul. A exceção ficou com o Porto Itapoá, que na contramão da queda de importação e, consequente, de movimentação dos demais portos do Estado, celebrou alta de 15% nesses cinco primeiro meses.

Mas não é somente a alta do dólar que tem causado essa queda no movimento dos demais portos catarinenses. Um fator que ameaça o complexo portuário de Itajaí – que inclui os terminais de Itajaí e navegantes – é a falta de efetivo para a fiscalização de cargas. Com a falta de fiscais na Receita Federal, Anvisa (Agência Nacional da Saúde) e Ministério da Agricultura, o complexo tem experimentado perdas decorrentes da demora. De alguns meses para cá, dez importadores deixaram Itajaí, sendo que nove delas se instalaram na região de Itapoá.

De acordo com Marcelo Petrelli, presidente do Sindaesc (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina) “tempo é dinheiro” e isso preocupa a categoria.

Em média, 87% das cargas são liberadas em até um dia, mas as cargas com necessidade de verificação física ou produtos de origem animal e vegetal tem demorado o triplo em Itajaí do que em outros terminais catarinenses.

Do outro lado, o Porto Itapoá, com apenas quatro anos de operações, abriu uma unidade da Vigilância Agropecuária dentro de suas instalações, tornando mais ágil a análise das cargas no terminal. Antes disso, o terminal portuário era atendido pela equipe que atua em São Francisco do Sul, a 120 quilômetros terrestres.

Em balanço divulgado nessa terça-feira, dia 16 de junho, o complexo portuário e Itajaí encerrou os cinco primeiros meses do ano com queda de 9%. O fechamento do Porto por cinco dias durante o mês de maio também pode ter refletido no resultado. Os portos de Imbituba e São Francisco do Sul apresentaram queda próxima dos 15% cada um.

Ainda de acordo com a matéria publicada no jornal Diário Catarinense, o ime referente à falta de fiscais está perto de ser resolvido, com a remoção do quadro interno previsto pelo Ministério da Agricultura.