Em depoimento realizado durante audiência de instrução de processo da Operação Mensageiro nesta terça-feira, dia 30 de maio, em ville, Marlon Neuber, prefeito afastado de Itapoá, confessou que usou valores das propinas para comprar imóvel e colaborar com campanhas eleitorais. A informação foi publicada por diversos veículos de comunicação.

Marlon está preso desde o dia 09 de dezembro devido aos desdobramentos da Operação Mensageiro. Ele disse na audiência, que ao longo dos anos, recebeu cerca de R$ 460 mil da empresa Serrana, sendo que o primeiro valor teria sido recebido antes mesmo de ele ser eleito, no total de R$ 150 mil, qual foi aplicado em sua campanha à época.

Com outros valores, o prefeito afastado teria comprado um imóvel, sobre o qual não deu maiores detalhes. Marlon também usou valores em campanhas eleitorais estadual e federal em 2018.

O dinheiro foi usado até mesmo para financiar um evento gospel, quando o funcionário da Serrana conhecido como “Mensageiro” usou um codinome para entrar em contato com a Prefeitura e pagar R$ 2 mil como ajuda de custo ao evento.

Em outro depoimento, o cunhado de Marlon Neuber confessou que recebia os envelopes com dinheiro, mas não tinha ligação com o esquema. Ele diz ter sido envolvido sem concordar com as ações do prefeito afastado e parado de receber esses envelopes nos dois últimos anos. Ele contou que não compactuava e não precisava do dinheiro, que também não ganhava nada com isso e sequer abria tais envelopes.

Atualmente, há um processo de impeachment contra o prefeito afastado tramitando na Câmara de Vereadores de Itapoá. A abertura de tal processo foi aprovada por unanimidade dos vereadores no início desde mês de maio.

Mesmo preso, Marlon Neuber mantém seu mandato tendo em vista dois pedidos de afastamentos temporários do cargo que ele fez e foram aprovados pela mesma Câmara Municipal.

Desde então, o vice-prefeito Jeferson Garcia é quem comenda o município interinamente.

FOTO: Surbi / Arquivo.