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Corpo de Bombeiros Militar e Samu terão atendimento pré-hospitalar integrado em SC

Como será a integração dos serviços de atendimento do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) em conjunto com o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi tema de coletiva com a imprensa, nessa quinta-feira, dia 28 de setembro, no Centro istrativo da Segurança Pública, em Florianópolis. Participaram, o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel BM Onir Mocellin; e o gerente Estadual do SAMU, Coronel João Batista Cordeiro Júnior.

Algumas mudanças já começaram, mas o sistema deverá estar totalmente integrado em maio de 2018. O novo modelo definido foi aprovado pela CIB (Comissão Intergestora Bipartite), que integra gestores da saúde do Estado e municípios.

O novo sistema deverá estar implantado integralmente e em operação no primeiro semestre de 2018. As adaptações nos quartéis do CBMSC já estão sendo providenciadas, a exemplo de estruturas de comunicação via rádio, sistemas de atendimento de chamadas, Central Estadual de Regulação, entre outros, para que o serviço seja potencializado e atenda à demanda da população. As unidades de e Básico do SAMU, istradas pelos municípios, serão gradativamente integradas à gestão do Estado, de acordo com o interesse dos municípios.

“Nós queremos integrar todas as unidades de atendimento pré-hospitalar do Estado. O modelo de Santa Catarina já é considerado bom, mas com a unificação dos serviços, num modelo inédito, aremos a ser referência no Brasil. A ideia é dar um atendimento rápido e também com e médico para todos os casos e despachar as viaturas de acordo com a necessidade da situação. Essa integração de informação é que vai ser valiosa na concepção do novo serviço”, destacou Caropreso.

“Vamos otimizar a utilização dos recursos públicos de forma que o Estado, como um todo, faça a gestão, tanto do serviço do SAMU, quanto dos Bombeiros, evitando duplicidade de viaturas na mesma ocorrência. Fazer com que haja protocolos de atendimento padronizados na Central de Regulação e na forma de atendimento prestado. Com a regulação de todo o serviço, os profissionais já saberão para qual hospital especializado conduzir o paciente. Com isso, a população só tem a ganhar”, enfatizou o coronel Mocellin.

O gerente do SAMU em Santa Catarina, coronel BM João Batista, explicou que será feita a integração e a migração dos espaços físicos e do sistema de comunicação. “As unidades vão migrar para edificações próprias do Estado, preferencialmente para as unidades do Corpo de Bombeiros, Voluntários ou Militar. A economia com aluguéis será visível. Outro destaque, será a capacitação dos profissionais para prestarem de forma unificada o serviço e o sistema de rádio que será interligado”.

Também participaram da coletiva, a superintendente de Serviços Especializados e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde, Karin Geller; a coordenadora de Enfermagem do SAMU, Adriana Martins; o coordenador médico do SAMU, André Motta, e o superintendente dos Hospitais Públicos da SES, Marcelo Lemos.

Como ficará a distribuição do serviço no Estado

Todas as unidades de APH (atendimento pré-hospitalar) hoje existentes no Estado terão uma gestão unificada, que será realizada em parceria e de maneira compartilhada entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Corpo de Bombeiros Militar. Com essa nova visão sistêmica do APH, haverá melhor cobertura dos serviços, uma vez que o Estado fará a gestão da Central Estadual de Regulação Médica do APH, das 23 unidades de e avançado do SAMU, das 96 unidades de e básico do SAMU (atualmente vinculadas aos municípios), dos 129 Asus- Auto Socorro de Urgência do Corpo de Bombeiros Militar (também consideradas unidades de e básico) e das 74 unidades de Bombeiros Voluntários, conforme adesão ao novo modelo proposto.

Central de Regulação Única

Os serviços prestados pelas oito centrais que atualmente fazem a regulação médica do APH em Santa Catarina serão concentrados em uma única central, que continuará trabalhando de forma regionalizada e fará a regulação de todas as unidades do sistema, incluindo as dos Bombeiros Militares e Voluntários. A nova Central de Regulação terá tecnologia de ponta e será integrada com a Central do Corpo de Bombeiros Militar. Na prática, a principal vantagem é que as equipes de atendimento, tanto dos bombeiros quanto as do Samu, saberão para que hospital o paciente será transportado em função da especialidade médica, do tipo de lesão ou gravidade do quadro e possibilidade de atendimento rápido, de acordo com a disponibilidade e unidade hospitalar.

A nova Central de Regulação terá, diariamente, equipes compostas por 12 médicos, 27 técnicos auxiliares de regulação médica, oito rádio operadores e terá como sede o atual Complexo da Segurança Pública, localizado na Avenida Ivo Silveira, no bairro Capoeiras, em Florianópolis.

Regulação de transferências inter-hospitalares de pacientes

Foi constatada, no diagnóstico realizado junto ao SAMU, a necessidade de haver uma reorganização dos processos de transferências inter-hospitalares de pacientes. Isso priorizará o atendimento primário, garantindo um serviço de excelência quando o paciente necessitar ser transferido. Para isso, haverá sempre um profissional médico na Central de Regulação encarregado, exclusivamente, em istrar os casos. Também haverá unidades em cada macrorregião do Estado para a realização de transferências prioritárias.

Criação do e Intermediário à Vida

Com as mudanças, além do e Básico à Vida (unidades com condutor/socorrista e técnico de enfermagem), e Avançado à Vida (viaturas com condutor/socorrista, enfermeiro e médico, serviços já prestados pelo SAMU), haverá a criação do e Intermediário à Vida (veículos de APH do Corpo de Bombeiros Militar, tripulados por condutor/socorrista, técnico de enfermagem e enfermeiro). Assim, as viaturas e as equipes serão deslocadas para as ocorrências de acordo com a necessidade e gravidade do paciente.

O que muda para a população que precisar do serviço

Os números de emergência para acionar o Corpo de Bombeiros Militar e o SAMU continuam os mesmos, 193 e 192, respectivamente. Mas, ao acionar o serviço, a ligação será encaminhada para uma única central e o solicitante receberá o atendimento necessário para aquela situação relatada, sem duplicidade de despacho de recursos.

Treinamento dos profissionais para receber as emergências hospitalares

Além do constante aprimoramento de suas equipes, o SAMU terá a nova missão de treinar os profissionais de saúde que atuam no recebimento dos pacientes, nas portas dos hospitais da Rede de Urgência, em parceria com a DEPS (Diretoria de Educação Permanente em Saúde), vinculada à SES.

Vantagens

A principal vantagem para a população com o novo serviço é a integração do atendimento, otimização de recursos e a qualidade na prestação do serviço, tendo como foco principal o paciente. Não ocorrerá mais o envio de viaturas do SAMU e dos Bombeiros sem necessidade para atender a uma mesma situação. As pessoas serão atendidas por profissionais de acordo com a sua necessidade e a situação vivenciada, sendo casos de trauma ou clínico, com encaminhamento de unidades ao local de atendimento a partir de um comando unificado.

Da Assessoria de Comunicação da Secom, com adaptação da Tribuna de Itapoá.

Jornalista pela PUC/PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) com pós-graduação em Marketing Empresarial pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), Thiago Gusso já trabalhou em importantes projetos de comunicação de Curitiba (PR) e Itapoá. Atualmente, responde pela Direção do site Tribuna de Itapoá no qual segue também em sua atuação como jornalista. E-mail: [email protected]

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